Câncer de Pele
O ABCDE do Câncer de Pele auxilia o médico na interpretação das lesões suspeitas:
A - Assimetria: metade de um lado da pinta difere da outra metade.
B - Borda: Bordas da pinta são irregulares, sem um formato definido.
C - Coloração: a cor não é a mesma em toda a pinta , apresentando tons diferentes de marrom, preto ou até variações avermelhadas ou esbranquiçadas, que dão à pinta aspecto heterogêneo.
D - Diâmetro: diâmetros maiores que 6mm podem ser suspeitos, embora se possa diagnosticar melanomas com tamanhos menores através da dermatoscopia.
E - Evolução: a pinta pode evoluir em tamanho, forma ou cor.
Câncer de Pele (não melanoma)
O câncer de pele não melanoma é a neoplasia mais frequente na população e representa aproximadamente 30% de todos os tumores malignos , além de corresponder a mais de 95% dos casos de câncer de pele.
Os tipos histológicos mais comuns são o carcinoma BASOCELULAR e o carcinoma ESPINOCELULAR em seus subtipos e variantes, com altas taxas de cura, quanto mais precocemente detectados e tratados.
FATORES DE RISCO
O principal fator de risco para câncer de pele é a exposição prolongada ao sol, especialmente em pessoas com pele mais clara. Daí a importância de se proteger, através do emprego do filtro solar contra os raios UVA e UVB com a utilização preferencial do protetor solar fator 30 ou mais, além de evitar a exposição direta ao sol nos horários entre 10 e 16h ( no horário de verão).
Vale ressaltar que o efeito da radiação UV é cumulativo a cada exposição.
Algumas medicações e doenças associadas à imunossupressão, além da idade avançada também podem aumentar o risco de desenvolver lesões pré-malignas e câncer de pele.
Em caso de lesão em pele com aparente aumento progressivo e que não esteja cicatrizando ao longo do tempo, é importante procurar um médico especialista para avaliação e investigação.
TRATAMENTO
O principal tratamento é a remoção cirúrgica completa da lesão, no entanto a radioterapia pode ser também uma excelente opção, especialmente para regiões da face, onde a cirurgia seria mutilante ou não factível.
A radioterapia também é empregada em situações em que há fatores de mau prognóstico avaliados na amostra histopatológica como a infiltração perineural ou quando a cirurgia não conseguiu remover totalmente a lesão, ficando as margens comprometidas e nesses
casos serviria para complementar o tratamento com o objetivo de reduzir o risco de recorrência local.
Outros tratamentos como quimioterapia tópica com 5FU, Imiquimode ou terapia sistêmica com anticorpo monoclonal (cemiplimabe) podem ser usados para casos selecionados.