Tipos de Cirurgia para o Câncer de Mama: O que Você Precisa Saber
- Onco SP
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
O tratamento do câncer de mama geralmente começa pela cirurgia, embora em alguns casos possa ser iniciado com quimioterapia ou mais raramente hormonioterapia, visando redução do tumor antes da cirurgia.

Existem diferentes tipos de cirurgia, e a escolha depende de diversos fatores relacionados ao tumor e à paciente.
Cirurgias da mama:
• Cirurgia conservadora:
Como a quadrantectomia ou a lumpectomia, em que apenas uma parte da mama é retirada.
• Mastectomia:
Cirurgia radical em que a mama é removida por completo, com preservação ou retirada da areola e mamilo.
Cirurgias da axila:
• Biópsia do linfonodo sentinela: abordagem mais conservadora, indicada quando não há sinais de comprometimento dos gânglios.
• Linfadenectomia axilar: retirada de vários gânglios da axila, indicada quando há confirmação de metástase nesses linfonodos.
A escolha do tipo de cirurgia depende de fatores como:
• Tamanho do tumor
• Proporção entre o tamanho do tumor e o volume da mama
• Localização do tumor na mama
• Presença de um ou múltiplos focos tumorais (unifocal, multifocal ou multicêntrico)
• Proximidade do tumor com a aréola ou com a pele
• Tipo histológico e perfil molecular do tumor (imuno-histoquímica)
• Idade da paciente
• Presença de mutações genéticas de alto risco (como BRCA), que podem indicar a necessidade de mastectomia bilateral
Muito importante salientar que nessa importante decisão de abordagem terapêutica, levamos em conta também a vontade da paciente. Muitas pacientes diante do diagnóstico de câncer, prefere uma abordagem mais radical ao invés da conservadora. O estado psicológico da paciente e seus medos em relação à possibilidade de recidiva da doença deve ser levado em conta nessa decisão.
É importante destacar que, sempre que é realizada uma cirurgia conservadora da mama, é necessário complementar o tratamento com radioterapia. A taxa de recorrência local, após uma cirurgia conservadora bem indicada, complementada com radioterapia, é igual a das mastectomias.
Cada caso deve ser analisado individualmente por uma equipe especializada para definir a melhor abordagem cirúrgica, sempre considerando a segurança oncológica e, quando possível, a preservação da mama e a qualidade de vida das pacientes.
Sérgio Bruno Barbosa, mastologista, CRM 53.346 - RQE 101.338
IMP - Instituto de Mama de Piracicaba
Rua Saldanha Marinho, 1029 - Piracicaba
Instagram: @dr.sergiobrunobarbosa
Telefone: 3426.8380
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