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Março Lilás: A Força da Prevenção no Combate ao Câncer de Colo de Útero

Atualizado: 31 de mar.

O conhecimento aliado à conscientização pode transformar e salvar vidas

A Importância do Cirurgião-Dentista no Suporte Oncológico
Dr. Daniel Modolo - Médico Oncologista no Centro de Câncer da Santa Casa de Piracicaba (CECAN)

Março é o mês no qual os Oncologistas se dedicam à conscientização e prevenção do câncer do colo do útero, uma doença que continua a impactar a vida de muitas mulheres em todo o mundo e que tem uma importância epidemiológica ainda maior no Brasil. Este tipo de câncer, frequentemente associado à infecção persistente pelo vírus HPV (papilomavírus humano), é uma das principais causas de morte pela doença entre mulheres. Felizmente, é também um câncer passível de rastreamento e prevenção.


Os subtipos de HPV mais frequentemente associados ao câncer do colo do útero são o 16 e o 18, que são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos diagnosticados. Outros subtipos de risco mais baixo também podem contribuir para o desenvolvimento da doença, embora sejam mais raros. A infecção pelo HPV é comum na população sexualmente ativa e, na maioria das vezes, assintomática, o que torna a detecção precoce de sua presença, com exames de rastreamento, ainda mais crucial. O exame de Papanicolau (ou citologia cervical) é a ferramenta essencial nesse processo, pois permite identificar alterações nas células do colo do útero antes que se tornem de fato cancerígenas. As sociedades médicas recomendam que as mulheres comecem a realizar este exame a partir dos 25 anos ou, em alguns casos, até mesmo antes, dependendo da situação clínica e das orientações de saúde pública específicas para determinados subgrupos.


Por se tratar de um vírus, a vacinação contra o HPV é uma estratégia preventiva muito eficaz e que deve ser incentivada. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. A vacina tetravalente oferece proteção significativa contra os tipos de HPV mais comuns que levam ao câncer do colo do útero. É importante ressaltar que a vacina é mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual, mas que algumas evidências sugerem que também pode ser benéfica para aqueles que já iniciaram a atividade sexual.


O diagnóstico tardio do câncer do colo do útero pode resultar em diversas morbidades que afetam não apenas a saúde da mulher, mas também sua qualidade de vida. À medida que a doença avança, pode haver comprometimento do tecido circunjacente e, em casos mais graves, surgimento de complicações como a obstrução dos ureteres. Essa obstrução pode levar à hidronefrose, uma condição em que os rins se dilatam devido à retenção de urina, potencialmente resultando em insuficiência renal, que requer intervenções médicas urgentes. Além disso, a progressão do câncer pode ocasionar dor intensa, hemorragias e comprometimento das funções sexuais se diagnosticado tardiamente.


É essencial que as mulheres sejam informadas sobre os riscos e as formas de prevenção e que visitem regularmente os serviços de saúde para a realização do exame de rastreamento, que é o papanicolau. O diagnóstico precoce e um acompanhamento adequado são aliados fundamentais na luta contra o câncer do colo do útero.

E o seu exame, está em dia?


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